13/06/2016

Normas grupais

Normas grupais

“Qualquer ação frequentemente repetida torna-se moldada em um padrão que pode em seguida ser reproduzido com economia de esforço e que é apreendido pelo executante como tal padrão: o hábito.” ( in Berger e Luckmann ,1985, pg. 77).

O hábito garante que uma atividade possa vir a ser executada no futuro da mesma forma e com o mesmo esforço físico e/ou ainda mais econômico.

A partir dos hábitos, é possível ao indivíduo organizar  seu tempo, além de  reduzir as inúmeras alternativas que poderiam surgir para a realização de um projeto, a uma só possibilidade. Dessa forma se  protege do trabalho de ter que tomar decisões.

O hábito pois, é um companheiro do solitário.

Quando um indivíduo com seus hábitos entra em contato com outro e seus respectivos hábitos e ambos decidem conviver em um mesmo espaço social, precisarão  necessariamente  fazer combinações, que possibilitem a  convivência dos seus diferentes hábitos.  Assim nascem as normas e as instituições.

Quando estabelecemos contato com outras pessoas e decidimos fazer parte  daquele grupo, começamos  a receber  influências das pessoas e do grupo e a influenciá-los. São as normas construídas, conscientemente ou não, no e pelo grupo, que definem quais comportamentos são adequados, quais os inaceitáveis, o ritmo em que as tarefas devem ser feitas,  os códigos de comunicação, a forma de cumprimentos entre os membros do grupo, etc. Se quisermos continuar a pertencer, precisaremos aceitar a forma como o grupo funciona, ou seja, viver de acordo com suas normas. Ou revê-las. E elas podem e devem ser revistas por meio do diálogo, a fim de propiciar experiências renovadas e dessa forma, crescimento para as partes em relação no grupo e para o grupo.

Amado e Guitet (1982 pg. 121), afirmam que o grupo é o local privilegiado onde todos os processos de influência se encontram, tanto aquelas oriundas das instituições às quais o grupo pertence, quanto aquelas geradas a partir do próprio funcionamento grupal.

Você já identificou as normas  comuns aos seus grupos de convivência? Quais as que você concorda e quais as que você se submete para pertencer? Como você lida em seus grupos de referencia ante normas obsoletas ou que considere incomodas?

Mauro Nogueira de Oliveira
09/2009



REFERÊNCIAS
BERGER, P. & LUCKMANN, T., A Construção Social da Realidade. Vozes. Petrópolis, 1985
AMADO, G. & GUITTET, A., A Dinâmica da Comunicação nos Grupos. Zahar. RJ, 1982.






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