DURANTE QUATRO DÉCADAS
Alvin
Zander
Journal of Applied Behavioral Science, NTL Institute for Applied Behavioral
Science, 15(3), 1979
(Traduzido por Mauro Nogueira de Oliveira)
Sem muita preocupação, há aproximadamente 40 anos,
alguns estudantes do comportamento humano desenvolveram um interesse em saber
como os grupos administram suas atividades. Este aumento de atenção entre
estudiosos era evidente no número e conteúdo de publicações, na criação de uma
cadeia de comunicações e em um desejo zeloso de alguns indivíduos, desta
cadeia, em melhorar grupos ineficazes sem que qualquer um soubesse como
poderiam ser feitos tais melhoramentos. Os cidadãos atraídos para
pesquisar grupos, alguns declararam abertamente, esperavam que os produtos
desta pesquisa proveriam, finalmente, respostas para sérios problemas do
governo e das relações sociais.
Durante as décadas subsequentes o crescimento
rápido neste período inicial, foi substituído por um movimento mais lento e
para um exame mais profundo de tópicos particulares, pois estes estudiosos se
interessaram em treinar os membros dos grupos e se afastaram, a maior parte,
dos campus das faculdades, ou pelo menos de investigadores, estimulando grupos
em situações naturais e laboratórios de treinamento. Neste artigo nós
revisamos algumas das características principais na história da pesquisa em
comportamento de grupo, fazendo um comentário sobre as atividades de
treinamento que tiveram um impacto em investigações empíricas.
ANTES DE 1940
Antes de 1935 tinha havido pequeno esforço
científico para entender processos de grupos. Pesquisas tinham sido
transformadas em riso nas audiências assim como as características de
personalidade dos pesquisadores, mas o único trabalho perto dos estudos atuais
de vida de grupo continuava sendo como os grupos e indivíduos resolviam
problemas, um tópico que permanece de interesse até hoje. A carência de
investigações em atividades de grupos não é surpreendente quando recordamos que
os psicólogos dos anos trinta dedicavam a maioria da sua atenção ao estudo da
fisiologia, das habilidades motoras e aos processos cognitivos do
indivíduo. Psicólogos sociais ainda não tinham descoberto a sua
identidade e os sociólogos, parte deles, ainda não estavam colecionando dados
empíricos em grupos.
Na última metade dos anos trinta houve tentativas
para explicar eventos dentro das organizações; vários desenvolvimentos notáveis
em pesquisa sinalizaram este fato. Trabalho em estrutura de grupo e
atração entre membros (Moreno, 1934), a influência de normas de grupo nos
membros (Sherif, 1936), o impacto de convicções compartilhadas nas atitudes
políticas de estudantes de faculdade (Newcomb, 1943), e o efeito que a
sociedade teve nos sentimentos de um grupo de trabalhadores de fábrica
(Roethlisberger & Dickson, 1939), revelou que aspectos de comportamento
coletivo, previamente de interesse para filósofos sociais, poderiam tornar-se
úteis sob investigação científica.
A pesquisa mais influente foi, sem dúvida, no
estudo emergente de comportamento de grupo, foi a de Lewin, Lippitt e White
(1939). As suas investigações de clima de grupo, conflitos intergrupos e
estilos de liderança (autocrático, democrático e laissez-faire) fez uso, com
modificações importantes, das técnicas disponíveis em psicologia experimental,
observações controladas de comportamento e métodos de trabalho de grupo
social. O propósito deles era expor alguns dos modos nos quais o
comportamento de líderes pode diferir e descobrir como métodos de influência de
liderança afetavam as propriedades dos grupos e o comportamento dos
membros. Devemos notar que não era pretendido que estas investigações
fizessem uma contribuição à tecnologia de administração de grupo per se.
Eles buscaram prover perspicácia na dinâmica subjacente de grupos. Os
métodos e resultados dos estudos sugeriram que pudesse ser possível construir
um corpo coerente de conhecimento sobre a natureza da vida de grupo e
eventualmente uma teoria geral de grupos. Estes estudos tiveram uma
originalidade e significância que produziram um impacto no mercado das ciências
sociais e profissões. Quase imediatamente, parceiros de Lewin, e outros,
começaram projetos de pesquisa, a maioria deles em laboratórios experimentais,
projetados para produzir informações pertinentes para uma teoria de dinâmica de
grupo. Os resultados deste trabalho formaram o núcleo de uma "massa
crítica" que eventualmente fez esta especialidade distinta e aceita.
Foram assumidas as suposições de Lewin sobre as
causas do comportamento humano particularmente ao estudo da vida de grupos,
como ele assegurou que a maioria das variáveis que determinam comportamento em
um determinado momento e lugar é existente naquela colocação. Eventos
passados e alguns no futuro seriam interpretados em termos de suas
representações psicológicas atuais. A ênfase de Lewin era nas forças e constrangimentos que surgem em situações
conduzidas a uma concentração em pesquisa e treinamento no aqui-e-agora da vida
do grupo. Porque tais noções eram especialmente apropriadas, o desenvolvimento
de teoria, predição e experimentação, ajudaram a gerar um estilo especial de
investigação.
DURANTE 1940
Quando estas investigações estavam caminhando, os
Estados Unidos entraram na Segunda Guerra Mundial e a pesquisa em pequenos
grupos foi realizada durante 5 anos. Em 1946, Lewin e um grupo de
estudantes, fundou o Centro de Pesquisa para Dinâmica de Grupo no Instituto de
Tecnologia de Massachusetts e em 1948 o Centro se mudou para A Universidade de
Michigan depois da morte intempestiva de Lewin.
Pela pesquisa feita neste centro, e em meia dúzia
de outros centros com propósitos semelhantes em vários países e em vários
campus e laboratórios do governo, o conhecimento sobre a psicologia social de
grupos entrou em um período de crescimento ativo. Alguns dos tópicos
estudados frequentemente nos anos quarenta eram: a pressão social sobre os
membros de um grupo (Festinger, 1950), a direção e quantidade de comunicações
entre membros (Bavelas, 1950), contrastes no comportamento dos membros em grupos
cooperativos e grupos competitivos (Deutsch, 1949), as consequências de líderes
de comunidade de treinamento (Lippitt, 1949), e os efeitos do poder social
entre crianças (Lippitt, Polanski, Redl & Rosen, 1952).
Os conceitos e métodos nestas pesquisas eram
radicais para a época. Assim, os cientistas submergidos nestes esforços
acharam útil se organizar informalmente para trabalhar para um fim comum.
Investigadores distantes um do outro criaram uma cadeia solta, trocando
documentos e falando sobre as suas investigações em reuniões pequenas,
conferências, visitas, etc. A formação desta " faculdade "
invisível de estudantes de grupos não era distinta das associações voluntárias,
descritas por Griffith e Mullins (1972). Isso acontece ao longo da história da
ciência sempre que um tópico notavelmente novo é levado por membros de uma
determinada disciplina. Muitos dos estudiosos de grupo acreditaram
firmemente que a produção das suas pesquisas teria um impacto para melhorar os
métodos democráticos, e os investigadores trabalharam conscientemente para tal
fim. Após o término da Segunda Guerra Mundial, era mais aceitável que
aquelas pesquisas em comportamento humano teriam valor prático para a
sociedade.
Cidadãos ordinários prestaram atenção considerável
a esta pesquisa, e o estudo de processos de grupo recebeu tanto interesse na
mídia como tinha recebido a recombinação do DNA, substâncias químicas tóxicas,
tranquilizantes, ou os efeitos de computadores, em anos mais recentes. A
razão para a atração desta pesquisa naqueles tempos será detalhada em algum
dia. Porém, é possível adivinhar que a atração ao trabalho surgiu em
parte porque todo o mundo estava preocupado o sobre o destino deste país após a
Segunda Guerra Mundial e sobre o futuro da democracia como uma forma de
governo. Então, eles estavam propensos a dar boas-vindas ao trabalho de
cientistas que poderiam aumentar nossa compreensão ou a dinâmica de governar e
poderiam sugerir modos de melhorar os procedimentos.
Também, havia um medo difundido, durante os anos
quarenta, das ditaduras que desenvolveram métodos irresistíveis para manipular
as mentes ou homens. Talvez poderíamos aprender a opor tal pressão
através da pesquisa feita por estudantes de grupos. Não menor era o
interesse, até mesmo encantamento, nos métodos e resultados de experiências em
pequenas sociedades no laboratório onde era mostrado que o comportamento
contrastante de membros de grupo, debaixo de circunstâncias contrastantes,
poderia ser previsto e explicado. Os cidadãos haviam aprovado os
cientistas da física que surgiram durante os anos quarenta porque estes tinham
ajudado a ganhar a Segunda Guerra Mundial. Talvez os cientistas sociais
poderiam ser úteis em problemas de vida de grupo se eles recebessem determinado
encorajamento formal e apoio. Adequadamente, no final da década, o
Escritório de Pesquisa Naval criou uma unidade para prover capitais para
pesquisa em comportamento de grupo.
Um outro desenvolvimento nos anos quarenta é
notável. Em 1947 o Laboratório de Treinamento Nacional para
Desenvolvimento de Grupo era organizado pela Divisão de Educação de Adultos da
Associação de Educação Nacional, em cooperação com o Centro de Pesquisa para
Dinâmica de Grupo. Este era um seminário de três semanas assistido por
profissionais de várias áreas que desejavam melhorar seu conhecimento de grupos
e suas habilidades como membros e gerentes. Porque havia uma provisão
limitada de conhecimento disponível para os participantes deste tipo de
laboratório, os professores confiaram em que os estudantes aprenderiam através
das suas experiências em pequenos grupos de discussão. Este procedimento
encorajou conversa sobre os assuntos que os excitaram e estes se mostraram ser
sentimentos pessoais, relações entre membros, diferenças de percepções e
explicações para estas diferenças. Tal interação centrada na pessoa, como
nós veremos, foi de muito valor para o estudo de grupos. Uma conta destes
desenvolvimentos é oferecida no livro Além das Palavras, de Kurt Back (1972).
Desde o princípio, os fundadores do National
Training Laboratory tiveram ideias diferentes sobre os propósitos da
unidade. Alguns destes objetivos eram: ensinar dinâmica de grupo, ensinar
aos consultores como facilitar mudança dentro de uma organização, ensinar aos
membros da sociedade habilidades básicas, treinar os participantes nos métodos
pedagógicos que são empregados no laboratório, e administrar pesquisa em
comportamento de grupos. Por causa destas visões distintas, as reuniões
dos pesquisadores quando planejavam cada laboratório eram vivazes e
estimulantes, para dizer o mínimo. Não havia nenhum interesse inicial,
deveríamos enfatizar, encorajando crescimento pessoal, saúde mental, ou
sensibilidade para relações interpessoais.
DURANTE OS ANOS 1950
Na década de cinquenta, a pesquisa na psicologia
social de grupos era altamente inovadora e a taxa de publicação mais que
dobrou, de acordo com Hare (1976). Autores de capítulos em pesquisa de
grupo na Revista Anual de Psicologia publicada em 1951, 1953, 1954 e 1958
comentam que o estudo de grupos era um trabalho vivo e criativo em psicologia
social e provia um enfoque para o campo inteiro.
Os tópicos para investigação já eram esses
mencionados, mais: o fluxo de comunicação em grupos quando os membros têm graus
diferentes de conexão entre eles, poder interpessoal para influenciar, as
fontes de coalizões, e a natureza e consequências de relações equilibradas
dentro de grupos. Bales (1950) desenvolveu um método para observar e
codificar comentários feitos por participantes em pequenos grupos de resolução
de problemas. O tratamento destes dados, foi chamado de análise do
processo de interação, e revelou que tipo de observações (perguntas, sugestões,
acordos etc.) era mais provável aparecer a cada fase dos esforços de um grupo
de solução de problemas. Este trabalho forma a base daquilo que os
sociólogos chamam de estudo dos pequenos grupos (Hare, Borgata & Bales,
1955). Porém, se concentrou nos atos e papéis individuais, e pouca
atenção foi dada para o grupo como uma unidade.
As propriedades dos grupos, suas origens e consequências,
contavam, neste tempo, uma meta para o estudo de dinâmica de grupo; muitos dos
achados ou pesquisas focalizaram uma ou mais destas propriedades, como coesão,
metas e liderança. Um livro que resume resultados de pesquisa em dinâmica
de grupo, organizado de acordo com tais títulos, foi publicado por Cartwright e
Zander em 1953.
Embora a pessoa pudesse identificar um corpo
coerente de conhecimentos dos resultados de pesquisa de grupo, havia ilhas de
achados que não se ajustaram bem e estes resultados separados não foram
incluídos em resumos do campo. Agências governamentais começaram a prover ajuda
financeira para pesquisa de grupos: o Serviço de Saúde Pública dos Estados
Unidos, o Instituto Nacional para Saúde Mental, partes do Departamento de Defesa, e (mais tarde) a Fundação
de Ciência Nacional. Além disso, não era difícil obter concessões para
projetos promissores, de fundações privadas e firmas industriais. Era um
tempo vivaz, mas não bem organizado a ser envolvido no estudo de grupos.
Pelo meio desta década o Laboratório de Treinamento
Nacional em Desenvolvimento de Grupo que já não tinha uma relação formal com o
Centro de Pesquisa para Dinâmica de Grupo derrubou as palavras: "em
Desenvolvimento de Grupo" de seu título, e se orientou para a
independência da Associação de Educação Nacional. O NTL encorajou laboratórios
em várias partes do país. A mais proeminente destas filiais era a
Universidade de Los Angeles, orientada por estudantes de teoria da
personalidade, não psicologia social. Estes professores nutriram uma
ênfase em crescimento pessoal e relações interpessoais e usaram o grupo como um
instrumento para o seu ensino, não como um assunto de instrução em si
mesmo. Eles colocaram mais ênfase em sentimentos pessoais e problemas que
em cognições ou informação - assim o termo "treinamento de
sensibilidade" era uma designação apropriada para o seu estilo de ensino.
Desenvolvimentos comparáveis estavam ocorrendo no
laboratório original como o treinamento para enfatizar autoconsciência e
melhoria pessoal em lugar de entendimento de propriedades de grupo.
Críticos surgiram, especialmente entre os psicólogos e profissionais de saúde
mental. Eles acreditavam que as atividades dos laboratórios geravam
tensão nos participantes e que havia pequena evidência de que as atividades
tivessem efeitos favoráveis naqueles que os experimentaram. Os partidários
do treinamento defenderam seus programas afirmando que eles estavam fazendo
pesquisa e ensinando sobre comportamento de grupo, não promovendo
aconselhamento para indivíduos. Tinha ficado evidente, porém, que um
laboratório de treinamento não era um lugar satisfatório para administrar
pesquisa básica, como a coleta de dados frequentemente interferia com
atividades pedagógicas e controles experimentais adequados, raramente poderiam
ser desenvolvidos em um grupo de treinamento.
DURANTE OS ANOS 1960
Pelos anos sessenta, o estudo de comportamento de
grupo tinha se tornado uma subdisciplina aceita em departamentos de Psicologia
e em lugares para o estudo de Sociologia, Serviço Social, Saúde Pública,
Educação e Administração. Artigos técnicos nesta especialidade apareceram
um pouco menos frequentemente do que eles fizeram na década anterior. O
número de publicações de pesquisa caiu de talvez 150 em um ano para 120, mas
não conheço nenhuma conta precisa desta frequência. Em contraste, ensaios
no uso de grupos em educação, terapia e administração aumentaram em
números. Muitos dos que haviam estado fazendo pesquisas na psicologia
social de grupos se moveram para outros interesses sem conexão com a vida dos
grupos, e todos os centros estabelecidos para pesquisa em grupos, excluindo um
no Michigan, fecharam pelo meio da década. Sherif (1977) e Steiner (1974)
afirmam que aqueles muitos psicólogos sociais do estudo de grupos e outros
fenômenos coletivos mudaram para o estudo de indivíduos durante os anos sessenta.
Se esta redução de interesse em grupos aconteceu de
fato, por que isto aconteceu? Várias razões podem ter contribuído.
1.
Pesquisa em grupos é mais difícil que pesquisa em indivíduos: quando o grupo
(comparado aos indivíduos) é a unidade de estudo, muitos de vários assuntos são
precisados, eles são mais difíceis de apropriar no número exigido no momento
formal, os custos são mais altos, e o desenho, medida e análises são mais
complicados e complexos.
2. Conceitos sobre vida de grupo são frequentemente
também muito desajeitados para usar, muito austeros para atrair interesse, ou
muito complicados para testar com confiança.
3. Resultados de pesquisa em grupos podem ser
fracos e de difícil convencimento por que é difícil estabelecer regras quando
se está medindo os comportamentos variados em um grupo. Assim, muitos
investigadores de grupo obtêm pequena satisfação dos seus esforços.
4. Um investigador pode obter mais ajuda da
literatura atual quando estudando os indivíduos que quando estudando grupos.
5. Capitais para o apoio de pesquisa social
começaram a estar escassos nos anos sessenta e o estudo de grupos não se tornou
atrativo para estes capitais.
Os fãs da dinâmica
de grupo também encolheram em número durante os anos sessenta, assim como seus
interesses movidos, junto com mudanças em assuntos sociais do tempo, para
tópicos onde o estudo de grupos era nem tão longo nem tão crucial. Alguns
dos problemas da vida de grupo durante os anos sessenta e os anos setenta não
estavam priorizados, além disso, isso estimulou teorias a respeito de como o
grupo efetivamente administra seu negócio. Ao contrário dos anos
quarenta, era pretendido agora estudar as situações de grupo que provocam
mudanças sob condições fora do grupo, ou seja: demonstrações, rompimentos e
outras formas de confronto e combatividade, em lugar de pelo uso do processo
democrático. Não se pode observar esforços fáceis para criar mudança social,
e assim a pesquisa em tais tópicos ocorria após ocorrido o fato. Como
resultado, não foram desenvolvidas teorias nestes assuntos. "Guardas
de grupo" podem ter notado, além disso, que os resultados de pesquisa em
comportamento de grupo não tinham correspondido às expectativas principais
seguradas para eles depois de Segunda Guerra Mundial - o mundo não tinha sido
mudado. Também, muitos dos melhores resultados conhecidos de pesquisa de
grupo enfatizaram os efeitos ruins de grupos nos seus membros - uma visão que
não despertou entusiasmo pelo estudo de comportamento de grupo.
Acompanhando esta troca de interesse entre não-cientistas, vimos uma dissolução
gradual da cadeia que tinha sido formada entre estudiosos notáveis. A
redução de fervor ativista dentro desta cadeia, porém, não era só uma
característica deste campo. Griffith e Mullins (1972) observou que os
mais prósperos, de associações informais entre cientistas, não duraram mais do
que 10 a 15 anos, normalmente por causa de baixa vitalidade científica ou baixa
distinção do trabalho dos membros e porque modismos mudaram entre partidários
de pesquisa. Estes autores acreditavam que uma cadeia tem que desenvolver
uma teoria coerente para durar, e não houve desenvolvimento de coerência nas
explicações de comportamento em grupos.
Os tópicos na moda para pesquisa em grupos durante
estes 10 anos eram conformidade dos grupos sob pressão, relações interpessoais
entre pares de pessoas com motivos diferentes (o dilema do prisioneiro), a
"troca " arriscada e facilitações sociais. Em 1967, Gerard e
Miller comentaram na Revista Anual de Psicologia que a maioria
do recente trabalho sobre grupos já trazia conclusões familiares. Em
parte, isto era verdade.
DURANTE OS ANOS 1970
Nos anos setenta, os principais tópicos de pesquisa
eram ainda familiares. Evidência para isto pode ser vista em uma conta de
investigações de grupo durante 1975, 1976 e 1977 que eu preparei para A
Revista Anual de Psicologia (1979). Os tópicos frequentemente
estudados durante os 3 anos eram: pressões sociais em grupos, as fontes (não as
consequências) de coesão de grupo, e cooperação contra competição em
grupos. Menos popular, mas não menos familiar, era: liderança, estrutura
de grupo e resolução de problemas em grupos. Polarização de convicções
entre os membros, e outros processos cognitivos em grupos, como interesse que recentemente
atraiu investigadores para a pesquisa do tamanho do grupo e padrões de
distância física entre os participantes. Um bom grau de atividade, então,
aconteceu em pesquisa, embora o número de agências e os dólares para apoiar o
trabalho tenha diminuído nos anos 70 a muito menos que nos primórdios dos anos
60. Psicólogos sociais começaram a se preocupar com a natureza e direção
do seu campo e subcampos, inclusive comportamento de grupo (Ring, 1967;
Steiner, 1974; Elms, 1975; Silverman, 1977). Finalmente, o uso dos grupos
para ajudar o "crescimento" pessoal de indivíduos se tornou grande
negócio durante os anos setenta e provêm um serviço rápido para pessoas
ansiosas que esperavam, durante os anos setenta, comprar conforto sem investir
em terapia.
ALGUMAS OBSERVAÇÕES GERAIS
Durante anos, desde que a pesquisa em grupos
começou, várias características simbolizaram seus métodos. A maioria das
investigações foi de experiências controladas e uma boa proporção destas usaram
um instrumento, um experimento, ou procedimento inventados por outra
pessoa. Parte da razão para esta dependência em métodos estabelecidos é
que muitos estudantes de graduação e seus professores, não podiam obter capital
para um programa de estudos, assim eles administraram experiências isoladas que
tinham uma probabilidade alta de sucesso.
Apesar da preferência para o método experimental,
houve surpreendentemente algumas ricas teorias em dinâmica de grupo. Isto
diz algo sobre a dificuldade de explicar eventos coletivos. Nenhuma
dúvida de muitas teorias foi descartada porque os resultados de obstinados
pesquisadores não encontrariam apoio para testar as hipóteses desenvolvidas nas
teorias; e revisões nestas ideias para ajustar ao momento atual não aconteceram
em testes mais recentes. Em outras ciências e em outros braços da
psicologia, os estudiosos podem rever e ajustar suas previsões às ideias
surgidas em um laboratório, observando fenômenos que os interessa. Mas os
investigadores de grupo raramente têm coletivos disponíveis. Realmente, o
fenômeno que eles estudam não pode se assemelhar a nada que eles podem notar em
um grupo natural. Como resultado, teorias sobre grupos são muito frequentemente
longas em lógica e pequenas em habilidades de pesquisa.
Como é verdade que em muitos outros campos,
conceitos mais precoces na psicologia social de vida de grupo são substituídos
gradualmente através de ideias mais novas e posteriormente são declarados um
pouco mais ajustados que as noções originais. Ilustração: trabalho no
impacto de decisões de grupo gerou estudos de pressões sociais em grupos;
demonstrações de estilo de liderança passaram a pesquisar o poder social; pesquisa na troca arriscada se tornou
trabalho em origem das ideias polarizadas em discussão; e, investigações de
competição intragupos desenvolveram modos de solucionar conflitos de intergrupos.
Embora nós podemos facilmente achar exemplos como esses citados, nos quais
houve movimento para maior especificação de conceitos, a pesquisa em
comportamento de grupo sofre de uma ausência de utilidade e bem claras noções
primárias. Exemplos de termos vagamente usados em pesquisa são: liderança,
socialização e ambiente social. Na ausência de precisões adequadas, ideias
como estas não podem ser manipuladas em uma situação consistente no laboratório
ou suas medidas validadas na conferência. Talvez estudantes de grupos se
beneficiariam com um retorno aos dias em que os estudiosos se preocuparam em
como construir conceitos úteis; mas esta ideia não está pronta para
ressurreição, temo eu.
Quando conceitos se tornam resultados mais válidos
e comumente aceitos, novas pesquisas são integradas mais facilmente em um
(crescendo) corpo de sabedoria. Como as coisas estão agora, os
investigadores de vida de grupo são notavelmente inventivos em criar novos
termos para fenômenos que já tem um nome perfeitamente útil e criam confusão
mais semântica do que necessidade. Por exemplo, vários sinônimos existem
para denotar: o desejo de um membro para permanecer em um grupo, as funções de
liderança, os fins para os quais grupos se esforçam, e as dimensões da
estrutura de grupo. Além disso, termos diferentes são frequentemente
usados para a mesma definição, e um determinado estudioso pode ignorar pesquisa
feita sob uma perspectiva diferente daquela que ele prefere, embora os
resultados da pesquisa sejam bastante pertinentes para o seu próprio
interesse. O que pode ser pior é ilustrado em um recente livro onde o
poder interpessoal para influenciar é um tema primário. O autor provê uma
definição de poder social que não está em nenhuma parte próxima das definições
usadas nos estudos de poder que ela resume completamente. Assim, ela
reúne dados para apoiar uma visão que os estudos não apoiam em nada.
Claramente, a incerteza de conceitos em comportamento de grupo pode conduzir a
uma falta de precisão.
Um número relativamente limitado de tópicos foi
explorado fora do número disponível para investigação. Alguns exemplos de
perguntas que têm gerado pequeno estudo considera a importância delas na vida
das organizações: por que é tão difícil de expelir um membro de um grupo?
Por que grupos recrutam certas pessoas em lugar de outros? Quais são as
razões para o segredo sobre como uma rotina é praticada em organizações? Por que um gerente moderno é
conhecido por comportamento abrasivo pelos subordinados? Por que grupos
estabelecem metas difíceis? Como os membros podem melhorar a eficiência
de reuniões? Como as organizações respondem a regulamentos que limitam as
ações? A pessoa pode pensar facilmente em outros assuntos que garantem
estudo: mudanças nas propriedades de grupos com o passar do tempo, por
que os membros participam em um grupo, as fontes de conflito entre grupos, os
efeitos contrastantes de centralizações e descentralizações em um grupo, as
origens das metas de um grupo, as causas de produtividade em um grupo, ou os
efeitos do ambiente social em um grupo. Em um recente volume discuti
vários destes assuntos com uma visão para pesquisa estimulante (Zander, 1977).
Por que tópicos maduros não são escolhidos para
estudo? Uma razão, já implícita, é que os investigadores estão ocupados
planejando e administrando experiências em assuntos mais familiares; de fato,
um investigador raramente se move para assuntos que são imensamente diferentes
dos dele ou para áreas anteriores de seu interesse. Outra razão é que um
problema pode ser reconhecido amplamente como um candidato
para pesquisa mas não é um tópico aceitável aos olhos de investigadores
potenciais, esses que aconselham os investigadores, esses que editam diários,
ou esses que provêm capitais para pesquisa. O problema pode ser bem conhecido,
mas deixe de lado porque não há nenhum dado básico no assunto, não podem ser
feitas medidas fidedignas do fenômeno envolvido, os assuntos teóricos não são
declarados claramente, ou o projeto é muito caro e
vai despender muita energia.
Como é dito frequentemente, é verdade que nada é
tão prático como uma boa teoria. Tal teoria pode explicar as causas e
esforços de um determinado evento em diferentes situações. Através dos
resultados de pesquisa, as pessoas discernem como melhor se ajudar porque elas
identificam que condições conduzem a quais consequências, e por que. A
inovação da pesquisa em dinâmica de grupo esteve em um planalto durante alguns
anos. Não permanecerá neste nível por longo tempo se novas necessidades e
novos meios estimularem novos desenvolvimentos
entre os estudantes do comportamento de grupo.
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